O rali dos metais preciosos já não se limita ao ouro — prata e platina também entraram na onda de valorização. Analistas do Bank of America observam que esses metais vêm fechando a distância de preços em relação ao ouro, que liderava isoladamente o movimento.

Especialistas do mercado notam uma expansão do interesse por metais preciosos, com a relação ouro/prata tendo ultrapassado níveis médios nos meses de abril e maio. Segundo o BofA, esse desequilíbrio agora começa a diminuir.

Enquanto o ouro atingiu recentemente um pico histórico de US$ 3.500 por onça, prata e platina ficaram para trás — mas a diferença está encurtando.

Os estrategistas cambiais do banco mantêm sua projeção de US$ 40 por onça para a prata no quarto trimestre de 2025, destacando que a recuperação da demanda industrial pode impulsionar ainda mais o metal branco.

No caso da platina, o Bank of America aponta para um possível déficit de oferta em 2025, resultado da queda na produção sul-africana, retomada das importações pela China e potencial alta na demanda por joias.

“A demanda por ouro como investimento cresceu expressivos 20% na comparação anual no 1T25, mas a demanda por joias mostrou-se bastante sensível ao preço, caindo **19% no mesmo período”, destacam os analistas do BofA.

Apesar da alta, a exposição dos investidores ao ouro ainda não é considerada excessiva. Atualmente, o metal representa 3,5% das carteiras, bem abaixo do pico histórico de 2011. Os bancos centrais também seguem aumentando suas reservas, que já somam um volume equivalente a quase 18% da dívida pública dos EUA em circulação.

Para os próximos meses, os analistas esperam que o ouro seja sustentado pela volatilidade dos juros e pela fraqueza do dólar. Nesse cenário, o preço do metal pode chegar a US$ 4.000 por onça nos próximos 12 meses.